domingo, 28 de abril de 2013

Historia do Cinema


O Primitivo

        O homem com certeza já sentia um enorme prazer nos seus registros nas paredes das cavernas, e aprimorou este sentido com a evolução. As artes visuais como o artesanato, escultura, as jóias, a arquitetura, a pintura (o colorido) e a musica traz o atrativo do “novo”. Então a arte em geral, de escrever, a invenção, a expressão (teatro), a ficção (incluindo a Mitologia) mais a historia fez um elo, um anel maciço que transcendeu a alma, libertou o ultimo sentido, e o cérebro tornou-se uma colméia, jorrando teu mel, a criatividade pelos tempos.
     Assim faltava o registro mais exato, e a fotografia que é o cinema trouxe novos sonhos. 

C Â M E R A - A Invenção dos irmãos Lumière



     Os irmãos Lumière foram os primeiros a aperfeiçoar, em 1895, um aparelho que realizava satisfatoriamente as duas funções do cinema: registrar o movimento e projetar filmes. Inúmeras já haviam sido desenvolvidas anteriormente.
     A utilização do fenômeno da persistência da imagem na retina deu origem ao Phénakistiscope (1832) do belga Plateau e ao Zootrope (1834) do inglês Horner, aparelhos que funcionavam com desenhos das fases sucessivas de um movimento.
     Em 1892, o Praxinoscope do francês Reynald possibilitou a projeção dos primeiros desenhos animados. O registro do movimento real, no entanto, só foi possível a partir do surgimento de chapas fotográficas suficientemente sensíveis, em torno de 1870-1880.
     O americano Muybridge, o alemão Anschutz e o francês Londe conseguiram chegar a decomposição de movimentos curtos. Em 1882 o francês Marey inventou o primeiro aparelho aparentado ao cinema: o fuzil fotográfico.
     O aperfeiçoamento da película de celulóide, na década de 1880, permitiu finalmente, que se chegasse ao filme propriamente dito. O americano Edison, com seu kinetograph (1890), registrou verdadeiros curtas-metragens de cerca de 20m de comprimento.
     A partir de 1893, Edison comercializou o kinetoscope, através do que o espectador podia assistir individualmente a esses filmes.
     O Cinematografo dos irmãos Lumièri (1895) foi o primeiro aparelho a resolver de forma simples o problema da projeção. Seu sucesso levou a construção de aparelhos concorrentes, como os de Charles Pathé, Leon Gaumont, André Debrie, P. Contisouza e Edson. Na apresentação publica dos irmãos Lumière em 28 de dezembro de 1895 no Grand Café do Boulevard dês Capucines, em Paris, o publico viu, pela primeira vez, filmes como La Sortie dês Ouvriers de L’usine Lumiere (A Saída dos Operários da Fabrica Lumière) e L’Arrivée D’um Train em Gare (Chegada de Um Trem Na estação), breves testemunhos da vida cotidiana para uma platéia de 35 pessoas.
     Porem, os filmes de formato Lumière e Edson, embora tivessem a mesma largura (35mm), apresentavam perfurações incompatíveis. Em 1909, foi adotado o padrão Edson, que era o mais racional. Desde então, não houve mais limites para a difusão dos filmes.

Principio do Cinema


     Para o registro das imagens, salvo em casos particulares, principalmente nos filmes de animação, o cinema decompõe o movimento através de uma serie de fotografias instantâneas, tomadas à razão de 24 poses por segundo no cinema sonoro, e de 16 por segundo no cinema mudo. Outras velocidades podem ser utilizadas para registro de movimentos muito rápidos ou muito lentos, ou ainda com objetivos de conseguir, durante a projeção, efeitos de câmera ou de câmera rápida. O filme fica imóvel atrás da objetiva da câmera durante 1/48 de segundo; estando então aberto o obturador, a película é impressionada. Durante o intervalo seguinte de 1/48 de segundo, o filme avança um quadro, como obturador fechado, etc.
     Durante a projeção, ocorre o mesmo processo de avanço intermitente, estando o obturador aberto (e, portanto a tela iluminada) somente nos instantes em que o filme está parado. Por causa do fenômeno da persistência da imagem na retina, esta alternância da tela iluminada e tela escura não é percebida como tal, já que a velocidade é maior do que aquela como qual o cérebro é capaz de discriminar as imagens retinianas.


Cinema em Cores

     Na época do nascimento do cinema, o único processo químico fotossensível conhecido era a transformação, sob a ação da luz, de sais de prata em prata metálica, que produzia imagens em preto e branco. Logo surgiu a idéia de colorir os filmes, primeiro a mão e depois mecanicamente. Praticando em larga escala até a 1ª Guerra Mundial e mesmo depois, tal método não resolvia o problema fundamental: como registrar e reproduzir as “cores naturais” dos objetos filmados.
     Os processos aditivos: Estes processos têm a vantagem de chegar a cor a partir do sistema preto-e-branco. O Kinemacolor (1911), inglês, o cronocromo ou Gaumontcolor (1912), de Léon Gaumont, o processo Keller-Dorian, o Dufaycolor e o Rouxcolor utilizam uma ou varias imagens justapostas, registradas e projetadas com filtros verde, vermelho e azul. A exatidão dos tons é apenas aproximada.
     Os processos subtrativos: O Technicolor. Cronologicamente, o primeiro dos processos subtrativos, o Technicolor (surgido em 1928 em verão bicrômica e em 1934-1935 em verão tricrônica) foi o responsável pelo verdadeiro surgimento da cor no cinema, através do filme em cores propriamente dito.Um divisor óptico, colocado atrás da objetiva de uma câmera especial, permite a obtenção direta de três negativos distintos em preto-e-branco, que correspondem às cores vermelho, verde e azul. Tiram-se três positivos tratados de forma a aceitarem a impregnação de corantes.  As imagens coloridas produzidas por estes três positivos intermediários monocromáticos são impressas em um filme virgem. Devido à baixa sensibilidade do processo e a complexibilidade das operações de copiagem, este sistema é usado apenas em filmes de orçamento elevado. No entanto, graças a sua versatilidade, o Technicolor (que se aproxima das técnicas de impressão) garante a fidelidade das cores, e durante muito tempo foi empregado para a feitura de copias.
     O processo monopack: Em 1935, a Kodak lançou o Kodachrome, filme reversível ainda hoje largamente empregado, que fornece diretamente, durante a revelação, três imagens coloridas superpostas. É mesmo mecanismo do Agfacolor, reversível lançado em 1936 pela firma alemã Agfa. A partir de então, não é mais necessário uma câmera especial, com divisor óptico, já que a imagem é registrada num único filme. Permanece, no entanto, a inconveniência de partir de um original reversível. O ultimo passo foi dado com o negativo-positivo Agfacolor (1939), o primeiro processo monopack que permitiu realizar cinema em cores através de um processo comparável ao do preto-e-branco.
     Depois da 2ª Guerra Mundial, outros sistemas surgiram, tais como o Gevacolor (1948), o Anscocolor, o Ferraniacolor e, enfim, o Eastmacolor da Kodak (1951), impondo definitivamente o processo monopack. Durante muito tempo, os negativos passaram a ser copiados em monopack positivo ou pelo processo Technicolor; hoje não se usa mais este ultimo.
     Existem atualmente três tipos de filme negativo colorido em 35mm: Eastmancolor, Fujicolor e Gevacolor. Os países do Leste dispõem também do Orwocolor, chamado Sovcolor na antiga URSS, fabricado na Alemanha Oriental e bastante semelhante ao Agfacolor inicial.

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