sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Historia da Fotografia



        O homem com certeza já sentia um enorme prazer nos seus registros nas paredes das cavernas, e aprimorou este sentido com a evolução. As artes visuais como o artesanato, escultura, as jóias, a arquitetura, a pintura (o colorido) e a musica traz o atrativo do “novo”. Então a arte em geral, de escrever, a invenção, a expressão (teatro), a ficção (incluindo a Mitologia) mais a historia fez um elo, um anel maciço que transcendeu a alma, libertou o ultimo sentido, e o cérebro tornou-se uma colmeia, jorrando teu mel, a criatividade pelos tempos.
     Assim faltava o registro mais exato, e a fotografia que é também o cinema trouxe novos sonhos.


Raízes da Fotografia



     Entre os inventos precursores do cinema cabe citar as sombras chinesas, silhuetas projetadas sobre uma parede ou tela, surgidas na China cinco mil anos antes de Cristo e difundidas em Java e na Índia.
    O filosofo grego Aristóteles (384 ªC.) já conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. No século X, o erudito árabe Alhazen descreveu como observar um eclipse solar no interior de uma “câmara obscura” um quarto às escuras, com um pequeno orifício aberto para o exterior.
    Os primeiros estudiosos do problema de projetar imagens foram: Roger Bacon, Cellini e Leonardo da Vinci.
    Durante a Renascença, acrescentou-se uma lente ao referido orifício, a fim de melhorar a imagem; e a “câmara obscura” começou a se tornar cada vez menor, até se transformar em algo portátil. No século XVII, já estava reduzida ao tamanho de uma pequena caixa, que podia ser facilmente carregada e era muito usada por artistas como auxiliar de pintura era chamada “lanterna mágica”, caixa dotada de uma fonte de luz e lentes que enviava a uma tela imagens ampliadas, inventada pelo jesuíta alemão Athanasius Kircher, e, em 1660, em Roma, Wangenstein inventa também a lanterna mágica, na qual empregara, em vez de luz solar, luz artificiaL.Muitos usuários da “câmara obscura” devem ter sonhado com um modo de fixar as imagens de maneira permanente. Em 1604, o cientista italiano Ângelo sala já havia observado o escurecimento e um certo composto de prata por exposição ao sol. Mas permanecia o problema de como interromper tal reação, de forma que a imagem não desaparecesse. 
Em 1725, Johan Heinrich Schulze, um professor de medicina da Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu a primeira dessas imagens efêmeras, como parte de um experimento não relatado. Schulze colocou ao sol um frasco com uma mistura de nitrato de prata; quando o examinou, minutos depois, que a parte da solução que tinha recebido raios de sol havia se tornado violeta escuro, enquanto o restante da mistura mantinha a cor esbranquiçada original.Quando sacudiu a garrafa, o violeta desapareceu. A seguir, Schulze colocou papel-carbono no frasco e o expôs novamente ao sol. Mais tarde, quando removeu o carbono, lá estavam, delineados pelos sedimentos escurecidos, os padrões esbranquiçados: silhuetas, em negativo, das tiras opacas do papel. Sem saber ainda se a alteração era devida a luz do sol ou o calor, Schulze refez as experiências no interior de um forno. Não houve alteração. Obviamente, a mudança havia sido provocada pela ação da luz. Após algumas experiências, Schulze constatou que a luz do seu quarto era suficiente para escurecer as silhuetas, no mesmo tom dos sedimentos que as delineavam.
     Thomas Wedgwood, filho de Josiaf Wedgwood, famoso fabricante inglês de porcelana, realizou experimentos semelhantes, no inicio do século XIX. Colocou folhas de arvores e asas de insetos sobre papel ou couro branco, sensibilizados com prata, e os expôs ao sol. Assim como Schulze, ele conseguiu silhuetas em negativo e tentou, de muitas maneiras, torna-las permanentes. Mas a luz continuava a escurecer as imagens.
    Schulzes e Wedgwood estavam na pista certa. As propriedades únicas dos átomos de prata possibilitam a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicada e controlável a energia das ondas luminosas. Mas, por estranho que pareça, a prata não foi utilizada no experimento do qual resultou a primeira imagem permanente, que poderia ser chamada de uma verdadeira fotografia. Essa foto foi obtida no verão de 1826, por Joseph Nicèphore Niépce, inventor e litógrafo, residente em Chalou-sur Saône, na França central.

Fotografia I

     O principio da fotografia é citado como 1816, por Nicèphore Nièpce, pela enciclopédia Larousse Cultural.
    Nièpce estava pesquisando um método automático de copiar desenho a traço nas pedras de litografia a fim de facilitar o seu trabalho como litógrafo. Ele sabia que um certo tipo de asfalto, chamado betume da Judéia, endurecia quando exposto a luz. Dissolveu o asfalto em óleo de lavanda, um solvente usado em vernizes, e cobriu com esta mistura um a chapa de peltre, uma liga de estanho com antimônio, cobre e chumbo, muito usada na época para a fabricação de utensílios finos de cozinha e mesa. Colocou sobre a superfície revestida uma ilustração a traço, previamente banhada em óleo, para que a mesma se tornasse translúcida. Feito isso, Nièpce expôs o conjunto à luz do sol. Este endureceu o asfalto em todas as áreas transparentes do desenho que permitiram a luz atingir a chapa, mas nas partes protegidas pelo traço, o revestimento continuou solúvel. Nièpce lavou então a chapa com óleo de lavanda, para remover o betume mole e solúvel, que não havia sido atingido pela luz. As partes que reproduziam as áreas pretas do desenho original foram limpas até a base (ou seja, até a chapa de peltre). A seguir, tratou a chapa com acido, a fim de fazer uma copia gravada do original. O acido penetrou nas áreas em que o betume havia sido removido e as corroeu. As linhas assim gravadas pelo acido retinham a tinta para fazer as copias.
     Nièpce chamou seu novo processo de “heliogravure” (do grego hélios = sol + do francês gravure = gravura). Após utilizar muitas chapas heliográficas, Nièpce pensou que elas talvez pudessem ter uso mais excitantes. Colocou uma de suas chapas revestidas com asfalto dentro de uma “câmara obscura” e, apontando sua lente através de uma janela aberta para o pátio interno, deixou-a ali durante todo o dia. Quando a chapa foi removida e lavada a óleo de lavanda, trazia uma quase indecifrável vista de telhados e chaminés.
     Numa tentativa de melhorar a imagem reduzir os longos períodos de exposição, Nièpce tentou inúmeros outros materiais sensíveis a luz. Mas os resultados não eram encorajadores. Em fevereiro de 1827, recebeu uma carta de um parisiense chamado Louis Daguerre, que tinha ouvido falar de seu trabalho e também estava interessado em gravar imagens. Mais tarde, nesse ano, Nièpce e Daguerre se encontraram pela primeira vez. Nièpce, com 64 anos de idade era um homem tranqüilo com uma sólida educação clássica e de excelente formação cientifica. Daguerre, 22 anos mais jovem não conhecia praticamente nada de ciência, mas era um pintor e cenógrafo bastante talentoso.
     Nièpce e Dagerre mantiveram correspondências sobre seus trabalhos durante dois anos que se seguiram e, em 1829, a convite de Nièpce, tornaram-se sócios. Nos quatro anos seguintes, trabalhavam separadamente, relatando suas experiências por carta. Infelizmente, Nièpce não viveu para usufruir do sucesso de seu trabalho. Morreu em 1833.

Zootropio
Em 1833, o britânico W. G. Horner idealizou o zootropio, jogo baseado na sucessão circular de imagens. Em 1877, o francês Emile Reynaud criou o teatro óptico, combinação de lanterna mágica e espelhos para projetar filmes de desenhos numa tela. Já então Eadweard Muybridge, nos Estados Unidos experimentava o zoopraxinoscopio, decompondo em fotogramas corridas de cavalo. Por fim, outro americano, o prolifero inventor Thomas Alva Edison, desenvolvia, com o auxilio do escocês William Kennedy Dichson, o filme de celulóide e um aparelho para a visão individual de filmes chamado cinetoscopio.

FOTOGRAFIA II: (photos = luz + graphein = descrever) Em 7 de janeiro de 1839, Daguerre esta finalmente satisfeito com seu novo processo fotográfico e se dispôs a anuncia-lo à Academia Francesa de Ciências. Conciente de sua falta de formação cientifica, pediu a um amigo cientista para fazer a apresentação por ele. Foi um triunfo. As fotografias que o inventor chamava de “daguerreótipos”, eram axaminadas com espanto.
     Daguerre só revelou os mecanismos do processo fotográfico em agosto de 1929, depois que a autenticidade de seus retratos foram postas em duvida. O material sensível à luz era o iodeto de prata muito mais eficaz que os compostos usados por Schulze e Wedgwood.

     Ele havia finalmente encontrado a solução para o problema secular de “fixar” a imagem de maneira permanente, evitando seu desaparecimento. Descobriu um composto químico, atualmente conhecido como tiossulfato de sódio (o “hipossulfito” dos fotógrafos), e que não dissolvia os produtos resultantes dessa transformação. Assim ele podia expor uma chapa, revela-la e, antes que a luz atingisse a imagem, banha-la em um fixador para impedir qualquer ação posterior da luz.
     A exceção do processo de fixação da imagem, o procedimento de Daguerre diferia totalmente do usado na fotografia moderna. O daguerreótipo era uma chapa de cobre revestida com uma superfície de prata, bem polida. Para obter a sensibilização, colocava-se uma placa, com a face de prata voltada para baixo, sobre um recipiente contendo cristais de iodo. Esse conjunto era fechado no interior de uma caixa.  O vapor de iodo, ao reagir com a prata, formava iodeto de prata, que é sensível a luz. Durante a exposição na câmara, a placa gravava uma imagem que, nesse estagio, era latente uma mudança química invisível ao olho humano.
     Para se revelar à imagem, colocava-se a chapa (com a face recoberta de prata para baixo) no interior de outra caixa, em cujo fundo havia um prato com mercúrio aquecido. O vapor do mercúrio reagia com os grãos expostos de iodeto de prata da chapa. Em todas as áreas atingidas pela luz, o mercúrio formava uma amalgama ou liga com a prata. O brilho intenso do amalgama formava as áreas claras de imagem. Nas áreas não atingidas pela luz, nenhum amalgama se formava: o iodeto de prata, inalterado, era eliminado em um fixador de tiossulfato de sódio, deixando o metal nu, de aparência preta, que formava as áreas escuras da imagem.
     A nitidez e a gama de tonalidades dos daguerreòtipos constituem verdadeiras maravilhas da fotografia. A imagem é literalmente um baixo relevo, criado pelo mercúrio. A quantidade de mercúrio, amalgamada com a prata em cada ponto da imagem, varia diretamente com a quantidade de luz que atingiu esse ponto da chapa. È essa formação gradual de amalgama que cria uma gama aparentemente infinita de cinzas. O amalgama reflete a luz como um espelho. Por essa razão, as áreas de alta luminosidade têm um brilho incomum. Já o preto bastante forte das áreas escuras nada mais é que a placa de prata polida que, vista do ângulo adequado, praticamente não reflete luz. Embora o daguerreótipo continua-se a ser produzido por cerca de uma década, o processo já estava obsoleto quando foi lançado. Em 25 de Janeiro de 1839, William Henry Fox Talbot compareceu a Royal Intution of Great Britain para apresentar seus sistema negativo/positivo.
     Talbot, um cientista amador de sólida formação, usava uma “câmara obscura” para fazer croquis. Seus primeiros experimentos consistiam em silhuetas produzidas por meio da colocação de objetos sobre papel sensível a luz. A seguir, o conjunto era exposto ao sol – a mesma técnica empregada antes por Wedgwood.
     Talbot sensibilizava um papel de escrever muito delicado, mergulhando-o numa solução fraca de água e sal de cozinha. Quando o papel estava seco, ele o escovava com uma solução de nitrato de prata. Cada folha passava por essa operação varias vezes. Mas, ao contrario de Wedgwood, Talbot logo aprendeu como retardar o esmaecimento da imagem. Em suas experiências observou que a  sensibilidade era praticamente eliminada nas áreas do papel onde havia excessiva concentração de sal. Aplicou essa descoberta, mergulhando a folha exposta em uma solução concentrada de sal. Um amigo, o cientista John Herschel, levou o à “descobrir” o mesmo fixador que Daguerre havia utilizado – o tiossulfato de sódio. A seguir, Talbot realizou mais um avanço na obtenção de uma silhueta, conseguindo desta uma copia positiva em papel: ele colocou sobre um pedaço de papel sensibilizado uma silhueta em negativo, ou seja, uma imagem branca (uma folha de arvore, por exemplo), delineada pelas áreas escuras ao seu redor. A silhueta foi colocada sobre o papel de cabeça para baixo. A seguir, Talbot prensou o conjunto sob uma chapa de vidro e o expôs ao sol – um processo hoje conhecido como copia-contato. A luz podia passar através da imagem branca do negativo e, dessa forma, criar uma imagem escura na segunda folha; simultaneamente, as áreas escuras do negativo bloqueavam a luz de tal forma que as áreas correspondentes da segunda folha permaneciam brancas. O resultado foi positivo semelhante ao original: uma folha escura contra um fundo branco. Estava dado o passo fundamental para o desenvolvimento do negativo/positivo a fotografia moderna.
     O teste mais importante consistia na aplicação dessa técnica a uma imagem gravada em uma câmara. Após expor o negativo a uma cena exterior, Talbot fez uma copia positiva e obteve uma imagem reconhecível. Com os materiais sensíveis utilizados nessas primeiras experiências, era possível ver a imagem se formando durante a exposição. Talbot simplesmente olhava o papel sob o vidro, se estava reproduzindo uma silhueta, ou espiava por um buraco na câmara, quando tirava uma fotografia. No momento em que a imagem negativa ficava suficientemente visível, ele interrompia a exposição.
     Em junho de 1840 Talbot anunciava um avanço revolucionário: u m novo material negativo, altamente sensível, que gravava uma imagem latente no papel. Nada podia ser visto nesse material, após a exposição, até que ele fosse quimicamente revelado. Talbot chamou o processo de “calotipia” (das palavras gregas kalos = beleza + typos = impressão).
     Nos anos seguintes, Talbot introduziu inúmeros melhoramentos no seu calótipo. Aumentando a sensibilidade da câmara sensível, foi capaz de reduzir o tempo de exposição, o que tornou possível fotografar pessoas. Mas havia uma falha no negativo de papel: suas fibras bloqueavam parte da luz durante a operação de copiagem, produzindo assim uma fotografia suave e ligeiramente borrada.
     Os problemas do negativo de papel foram superados em outubro de 1847, quando Abel Nièpce de St. Victor, primo de Niêphore Nièpce, compareceu diante da academia de Ciências de paris para anunciar seu novo processo, no qual empregava chapas de vidro revestidas com uma emulsão de um composto de prata em suspensão em clara de ovo. As vantagens da chapa de vidro eram conhecidas já havia algum tempo: o vidro não apresentava problemas de textura, tinha uma transparência uniforme e era quimicamente inerte. Mas até essa época ninguém conseguira encontrar um meio de fixar o material sensível em vidro. A maioria dos fotógrafos não se entusiasmou muito como novo processo primeiras chapas de clara de ovo eram frágeis e tão pouco sensíveis quanto ao calótipo; a qualidade da imagem dependia de ovos frescos e as chapas eram pesadas, frágeis e de difícil manuseio. Mas, com a descoberta de uma emulsão melhor, poucos anos depois, os fotógrafos aprenderam a conviver com os inconvenientes das chapas de vidro.

     Em 1846, o químico francês de Louis Menard descobriu que algodão-polvora (nitrato de celulose) podia ser dissolvido numa mistura de álcool e éter, produzindo u liquido de grande viscosidade, que ao secar se transformava em uma película transparente, incolor e dura. Deu a esta substancia o nome de colódio. Os médicos passaram a usa-la imediatamente, como material impermeável, para cirurgia. Quem primeiro pensou em usar o colódio como emulsão fotográfica foi o químico inglês Robert Bingham, em 1850. Revestir uma placa com colódio requeria a habilidade. Depois de derramar o colódio no centro da chapa, o fotografo segurando pelas bordas a chapa de vidro com as pontas dos dedos inclinava para trás e para frente até que estivesse uniformemente coberta. Em seguida escorria o excesso de colódio em um recipiente. A placa era então sensibilizada em nitrato de prata, exposta ainda úmida, e imediatamente revelada. Isso porque Bingham havia descoberto que a emulsão de colódio se tornava menos sensível à medida que secava. Por essa razão, o processo ficou conhecido como da chapa úmida”.
     A partir de 1851, quando as chapas úmidas de colódio passaram a ser reveladas em acido pirogálico (piragalol), os tempos de exposição puderam ser reduzidos a até 5 segundos. Como essa alta sensibilidade permitia tirar fotos antes impossíveis, os fotógrafos se conformaram com as inconveniências do processo.


Filmes em rolo: No inicio dos anos de 1880, duas inovações independentes, embora relacionadas, produziram uma chapa seca muito sensível e eliminaram a necessidade das frágeis e desajeitadas chapas de vidro. O primeiro aperfeiçoamento foi uma emulsão a base de gelatina. Ela mantinha sua sensibilidade mesmo depois de seca e, talvez o mais importante, podia ser aplicada em um suporte flexível – filmes em rolo ao invés de vidro. O filme em rolo revolucionou a fotografia, tornando-a suficientemente simples acessível a milhões de amadores – embora os profissionais continuassem por varias décadas usando chapas de vidro emulsionadas com gelatina.
 O mérito da popularização da fotografia cabe, quase exclusivamente, a um único homem: George Eastman. Desde que comprou sua primeira câmara em 1877, Eastman desaprovou o complicado processo da chapa úmida de colódio. Inspirado em um artigo de uma publicação inglesa sobre uma emulsão de gelatina que podia ser utilizada seca buscou meios mais simples de fotografar. Ao iniciar suas experiências, descobriu uma emulsão de gelatina e brometo de prata que reunia as qualidades necessárias. Eastman passou então a desenvolver uma maquina para reprodução em massa de chapas secas.

A Popularização da Fotografia: Percebeu também que para popularizar a fotografia, era necessário algo leve, barato e suficientemente flexível, ou seja: o filme em rolo. Não havia nada de novo nessa idéia, mas ninguém tinha sido capaz de produzi-lo comercialmente ate que Eastman introduzisse o equipamento para fabrica-lo em larga escala. Surgia o “Eastman’s American Film”, um rolo de papel revestido com uma fina camada de gelatina. Após a revelação, era necessário retirar a emulsão do suporte opaco de papel, a fim de produzir um negativo que a luz pudesse atravessar para fazer as copias. 
O Novo filme criou uma grande agitação entre os fotógrafos e; op que é mais importante tornou-se possível um novo tipo de câmara fotográfica – barata, leve e simples de operar. Em junho de 1888, Eastman lançou a Kodak, iniciando com esta câmara uma nova era da fotografia.
     Em meados do século XIX, muitos processos fotográficos estavam sendo desenvolvidos e aperfeiçoados. O calótipo foi o primeiro a permitir a obtenção de uma copia a partir de um negativo; a chapa úmida de colódio tornou possível um negativo permanente em vidro. O ambrotipo e o ferrótipo eram variações baratas da chapa úmida de colódio. Mas quanto a qualidade da imagem – a riqueza de detalhes captadas e a ampla faixa de gravações reproduzidas - a fotografia em preto e branco nasceu quando Louis Daguerre criou seu primeiro processo pratico, o daguerreótipo, no ano de 1839.

     “Um bom daguerreótipo”, disse Edward Steichen, um dos mais importantes fotógrafos da atualidade “foi o processo fotográfico mais perfeito que já existiu”. Os daguerreótipos representaram um importante triunfo tecnológico, como se o primeiro fotografo tivesse podido reproduzir o som com tanta fidelidade como o mais sofisticado equipamento moderno.
     Apesar dessas qualidades, os daguerreótipos tinham seu ponto fraco, intransponível. Quando alguém os olhava, via uma imagem em negativo, ou em positivo, ou uma combinação de ambas, dependendo de sua posição e da direção da luz que incidisse sobre a fotografia. Assim, os daguerrótipos, ao contrario da pintura, não prestavam a ser penduradas nas paredes de uma sala de estar. A maneira mais simples de se olhar um daguerreótipo era segura-lo nas mãos, deslocando-o delicadamente até que a imagem positiva se tornasse visível. Esse inconveniente, no entanto, parecia insignificante para as multidões que invadiam os estúdios recém abertos nos anos de 1840, para obter seus retratos de maneira econômica e rápida.

     Também houve contribuição através das pesquisas do inglês Peter Mark e Roget e do belga Joseph-Antoine Plateau sobre a persistência da imagem na retina após ter sido vista.