quarta-feira, 8 de maio de 2013

TIRANDO DE LETRA - DANIEL MUNDURUKU



TIRANDO DE LETRA - DANIEL MUNDURUKU 
                              SESC Ribeirão Preto -  De 10 de maio a 08 de setembro de 2013


Palco central da abertura do evento que teve ainda os espaços ricamente ilustrados com tematica indigena.


DANIEL MUNDURUKU  e convidados de varias etnias, de varios estados sendo Xavante MT, Terena MS, Guarani, Sataré-Mawé AM, Kaxinawá  AC, Krenak MG, ...fato raro para uma cidade que não é capital e ainda do estado de São Paulo.



De 10 de maio a 8 de setembro. Este projeto de literatura dedicado especialmente para crianças e jovens pretende, por meio de diferentes ações a partir da obra de um escritor, estimular a leitura, associando-a a uma experiência de prazer, descobertas e conhecimento. Em 2013, no quarto ano de sua realização, o Tirando de Letra será desenvolvido a partir da obra do escritor indígena Daniel Munduruku. Daniel pertence ao povo Munduruku, do Norte do Brasil, no coração da floresta amazônica. Sua gente é guerreira e por isso recebeu como apelido esta palavra que significa formigas guerreiras. Ele é educador e escritor indígena com mais de 40 livros publicados. Graduado em Filosofia, tem licenciatura em História e Psicologia, é Doutor em Educação pela USP e Diretor presidente do Instituto UKA - Casa dos Saberes Ancestrais.


Daniel Munduruku (Belém do Pará28 de fevereiro de 1964) é um escritor e professor brasileiro. Pertence à etnia indígena mundurucu.
É graduado em filosofiahistória e psicologia. Tem mestrado em antropologia social pela Universidade de São Paulo. É doutor em educação pela Universidade de São Paulo . É relações-públicas do Instituto Indígena Brasileiro da Propriedade Intelectual. É diretor-presidente do Instituto Uk'a - a casa dos saberes ancestrais. É conselheiro-executivo do Museu do Índio do Rio de Janeiro. Como escritor, se destaca na área da literatura infantil. É membro da Academia de Letras de Lorena .

O Povo MUNDURUKU




Os Munduruku estão situados em regiões e territórios diferentes nos estados do Pará (sudoeste, calha e afluentes do rio Tapajós, nos municípios de Santarém, Itaituba, Jacareacanga),  Amazonas (leste, rio Canumã, município de Nova Olinda; e próximo a Transamazônica, município de Borba), Mato Grosso (Norte, região do rio dos Peixes, município e Juara). Habitam geralmente regiões de florestas, às margens de rios navegáveis, sendo que as aldeias tradicionais da região de origem ficam nos chamados “campos do Tapajós” , classificados entre as ocorrências de savana no interior da floresta amazônica.
A população munduruku concentra-se majoritariamente na Terra Indígena de mesmo nome, com a maioria das aldeias localizadas no rio Cururu, afluente do Tapajós.  Dados mais recentes sobre sua distribuição populacional e a situação das terras podem ser encontrados ao lado em "Terras habitadas".... Pop:11.630 (2010)


Atualmente, em algumas aldeias ainda são tocadas periodicamente as flautas parasuy, instrumentos importantes na mitologia Munduruku. Mas os tocadores são homens velhos, o que compromete a continuidade da tradição. No entanto, têm surgido por parte dos jovens, especialmente professores e novas lideranças, iniciativas visando a preservação das canções e músicas tradicionais.
A riqueza da cultura Munduruku é extraordinária, incluindo um repertório de canções tradicionais de musicalidade e poesia incomum, que versa sobre relações do cotidiano, frutos, animais etc.  A cosmologia apresenta narrativas que inclui conhecimentos dos astros, constelações e da Via Láctea, chamada kabikodepu, em que são identificadas as estrelas que a compõe.

                                                    Painel fotografico da SALA DE INTERNET

Fotos & materia: Giorgi Denner

3 comentários:

  1. ....belo trabalho, parabens !!

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  2. O SESC conseguiu um alto nivel humano e material de introdução as culturas índigenas, um "prazo" excelente de absorvição das mensagens e de um pouco deste universo. Parabens a todos, monitores, indigenas, produtores e ao Daniel Munduruku que foi o "Portal" pr esta viagem.

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  3. Isso que está acontecendo no SESC é inédito. Parabéns a todos que se empenharam. Ao escritor Daniel Munduruku a minha admiração... Temos muito o que aprender... fiquei meditando a questão da "TEIA"...

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