Principio do Cinema
Durante a projeção, ocorre o mesmo
processo de avanço intermitente, estando o obturador aberto (e, portanto a tela
iluminada) somente nos instantes em que o filme está parado. Por causa do
fenômeno da persistência da imagem na retina, esta alternância da tela
iluminada e tela escura não é percebida como tal, já que a velocidade é maior
do que aquela como qual o cérebro é capaz de discriminar as imagens retinianas.
Cinema em Cores
Na época do nascimento do cinema, o único
processo químico fotossensível conhecido era a transformação, sob a ação da
luz, de sais de prata em prata metálica, que produzia imagens em preto e
branco. Logo surgiu a idéia de colorir os filmes, primeiro a mão e depois
mecanicamente. Praticando em larga escala até a 1ª Guerra Mundial e mesmo
depois, tal método não resolvia o problema fundamental: como registrar e
reproduzir as “cores naturais” dos objetos filmados.
Os processos aditivos: Estes processos têm
a vantagem de chegar a cor a partir do sistema preto-e-branco. O Kinemacolor
(1911), inglês, o cronocromo ou Gaumontcolor (1912), de Léon Gaumont, o
processo Keller-Dorian, o Dufaycolor e o Rouxcolor utilizam uma ou varias
imagens justapostas, registradas e projetadas com filtros verde, vermelho e
azul. A exatidão dos tons é apenas aproximada.
Os processos subtrativos: O Technicolor.
Cronologicamente, o primeiro dos processos subtrativos, o Technicolor (surgido
em 1928 em verão bicrômica e em 1934-1935 em verão tricrônica) foi o
responsável pelo verdadeiro surgimento da cor no cinema, através do filme em
cores propriamente dito.Um divisor óptico, colocado atrás da objetiva de uma
câmera especial, permite a obtenção direta de três negativos distintos em
preto-e-branco, que correspondem às cores vermelho, verde e azul. Tiram-se três
positivos tratados de forma a aceitarem a impregnação de corantes. As imagens coloridas produzidas por estes
três positivos intermediários monocromáticos são impressas em um filme virgem.
Devido à baixa sensibilidade do processo e a complexibilidade das operações de
copiagem, este sistema é usado apenas em filmes de orçamento elevado. No
entanto, graças a sua versatilidade, o Technicolor (que se aproxima das
técnicas de impressão) garante a fidelidade das cores, e durante muito tempo
foi empregado para a feitura de copias.
O processo monopack: Em 1935, a Kodak
lançou o Kodachrome, filme reversível ainda hoje largamente empregado, que
fornece diretamente, durante a revelação, três imagens coloridas superpostas. É
mesmo mecanismo do Agfacolor, reversível lançado em 1936 pela firma alemã Agfa.
A partir de então, não é mais necessário uma câmera especial, com divisor
óptico, já que a imagem é registrada num único filme. Permanece, no entanto, a
inconveniência de partir de um original reversível. O ultimo passo foi dado com
o negativo-positivo Agfacolor (1939), o primeiro processo monopack que permitiu
realizar cinema em cores através de um processo comparável ao do
preto-e-branco.
Depois da 2ª Guerra Mundial, outros
sistemas surgiram, tais como o Gevacolor (1948), o Anscocolor, o Ferraniacolor
e, enfim, o Eastmacolor da Kodak (1951), impondo definitivamente o processo
monopack. Durante muito tempo, os negativos passaram a ser copiados em monopack
positivo ou pelo processo Technicolor; hoje não se usa mais este ultimo.
Existem atualmente três tipos de filme
negativo colorido em 35mm: Eastmancolor, Fujicolor e Gevacolor. Os países do
Leste dispõem também do Orwocolor, chamado Sovcolor na antiga URSS, fabricado
na Alemanha Oriental e bastante semelhante ao Agfacolor inicial.
O Cinema Sonoro
O Cinema das origens era mudo. As
projeções sonoras publicas, realizadas através da sincronização do projetor com
um toca-discos, inauguraram-se em 1912 no Gaumont Palace. Tais projeções, no
entanto, permaneceram restritas até a invenção dos amplificadores, durante os
anos 20. A grande vantagem do cinema mudo era sua versatilidade: um filme podia
ser exportado para o mundo todo, somente pelo custo da tradução de alguns
poucos intertitulos.
Em 1927, surgem os dois primeiros
longas-metragens falados: O Cantor de jazz, da
Warner (discos sincronizados com o projetor) e O sétimo céu, da
Fox (com o som gravado na pista óptica). O sucesso destas produções impôs o
cinema sonoro, transformando a industria do cinema, uma vez que o som aumentava
muitíssimo o custo de produção dos filmes, ao mesmo tempo em que reduzia sua difusão,
que agora dependia da compreensão da língua utilizada.
O som óptico: As vibrações sonoras a serem
gravadas são transcritas através das variações da opacidade de uma pista sonora
de cerca de 2mm de largura, localizadas entre a imagem e as perfurações.
Durante a projeção, a pista sonora é iluminada por uma fenda extremamente
estreita; do outro lado do filme, uma célula fotoelétrica traduz em variações
de corrente as variações da iluminação que recebe através da pista; vem em
seguida o amplificador e o alto-falante. O processo Dolby, adaptado ao som
óptico em torno de 1975, permitiu a redução dos chiados de fundo, o aumento da
banda passante (ou seja, diminuiu as perdas dos agudos), e com o Doby Stereo,
possibilitou os efeitos estereofônicos.
O som magnético: O som gravado sobre
pistas magnéticas, que passam diante de cabeças de leitura-magnetica, apareceu
em 1953 com o Cinemascope. De melhor qualidade que o som óptico, utiliza
largura reduzida, o que permite gravar varias pistas na copia, possibilitando
efeitos estereofônicos. Exige, no entanto uma adaptação e manutenção regular
dos projetores e é mais oneroso. Por essas razões, não chegou a suplantar o som
óptico.
Hollywood
Em 1896, o cinema substituía o
cinetoscopio e filmes curtos de dançarinas, atores de vaudeville. Desfiles e
trens encheram as telas americanas. Surgiram as produções pioneiras de Edson e
das companhias Biograph e Vitagraph, ambicionando dominar o mercado, travou com
seus concorrentes uma disputa por patentes industriais.
Nova York já concentrava a produção
cinematográfica em 1907, época em que Edwin S. Portere se firmara como diretor
de estatura internacional. Dirigiu The Great Train Robbery em 1903 (O
Grande Roubo do trem), considerado modelo dos filmes de ação e, em particular,
do western. Seu seguidor foi David Wark Griffith, que começou como ator num
filme do próprio Porter, Rescued From na Eagles Nest de 1907 (Salvo de
Um Ninho de Águia). Passando a direção em 1908, com The Adventures os Dollie,
Griffith ajudou a salvar a Biograph de graves problemas financeiros e até 1911
realizou 326 filmes de um e dois rolos.
Descobridor de grandes talentos como as
atrizes Mary Pickford e Lílian Gish, Griffith inovou na linguagem
cinematográfica com elementos como flash-back, os grandes planos e as ações
paralelas, consagrados em The Birth of a Nation de 1915 (O Nascimento de
Uma Nação) e Intolerance (1916), epopéias que conquistaram a admiração
do publico e da critica. Ao lado de Griffith é preciso destacar Thomaz H. Ince,
outro grande inovador estético e diretor de filmes de faroeste que já continham
todos sos tópicos do gênero num estilo épico e dramático.
Quando o
negocio prosperou, acirrou-se a luta entre as grandes produtoras e
distribuidoras pelo controle do mercado. Esse fato, aliado ao clima rigoroso da
região atlântica, passou a dificultar as filmagens e levou os industriais do
cinema a instalarem seus estúdios em Hollywood, um subúrbio de Los Angeles. Ali
passaram a trabalhar grandes produtores como Willim Fox, Jesse Lasky e Adolph
Zukor, fundadores da Famous Players, que, em 1927, converteu-se na Paramount
Pictures, e Samuel Goldwyn.
As fabricas de sonho em que se
transformaram as corporações do cinema descobriam ou inventavam astros e
estrelas que garantiram o sucesso de suas produções, entre os quais nomes como
Gloria Swanson, Dustin Farnum, Mabel Normand, Theda Bara, Roscoe “Fatty”
Arbuckle (Chico Bóia) e Mary Pickford, que, em 1919, fundou com Charles
Chaplin, Douglas Fairbanks e Griffith, a produtora United Artists.
O gênio do cinema silencioso foi o Inglês
Charles Chaplin, que criou o inolvidável personagem Carlitos, mescla de humor,
poesia, ternura e critica social.
Depois da primeira Guerra Mundial,
Hollywood superou em definitivo franceses, italianos, escandinavos e alemães,
consolidando a industria.
Cinema Brasileiro – Bela Época
A chegada do cinema ao Brasil deu-se em 8
de julho de 1896, com a inauguração de um omniographo (variação do
cinematógrafo dos irmãos Lumière) na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Os
historiadores divergem quanto às primeiras filmagens feitas no Brasil. A versão
que aponta o pioneirismo do registro da Baía de Guanabara pelo italiano Afonso
Segreto, em 19 de junho de 1898, foi contestada pelos pesquisadores Jorge
Capellaro e Paulo Roberto Ferreira, que encontraram evidências da exibição, em
maio de 1897, de filmetes realizados no Brasil e exibidos em Petrópolis, com
tecnologia do Cinematógrafo Edison. Mas os indícios que temos de Segretto de
1898, que filma a família do Presidente da republica Prudente de Moraes.
Em 1905, Antonio Leal viria a filmar “Os
Estranguladores”, baseado em crime ocorrido no Rio de Janeiro.
A atividade progrediu, sobretudo pelas
iniciativas de Pascoal Segreto, apelidado “ministro das diversões”, que
produzia filmes de atualidades, abordando eventos cívicos e populares, obras
urbanísticas, casos policiais etc, exibidos como complementos de espetáculos de
rua. O cinematógrafo consolidou-se por volta de 1907, enquanto o ano de 1908
marcaria o início da primeira fase áurea do cinema brasileiro. Os
estranguladores (1908), reconstituição de um crime famoso, foi o primeiro
grande sucesso de ficção, produzido pela profícua sociedade do cinegrafista
português Antonio Leal com o ex-comerciante José Labanca. Datam de 1908 também
a primeira comédia brasileira, Nhô Anastácio chegou de viagem, produção de
Arnaldo & Cia, e a primeira filmagem de um jogo de futebol (entre
brasileiros e argentinos).
Proliferavam na época os “filmes falantes”
e “cantantes”, sincronizados com o som de fonógrafos, e os filmes sacros.
Surgiam os “filmes livres”, proibidos para mulheres e crianças, que eram
aconselhadas a prestigiar o Novíssimo Cinematographo Infantil. Romancistas,
dramaturgos e caricaturistas passavam a escrever para o cinema, enquanto o
cronista João do Rio sublinhava que “os filmes de arte realizaram uma completa
transformação dos costumes”. O êxito do cinema brasileiro provocava o
fechamento de muitos teatros por volta de 1910 e repercutia através de anúncios
na Europa. A cine-opereta A Viúva Alegre (1909), de Alberto Moreira,
estabelecia novo recorde de bilheteria, só superado por Paz e amor (1910), de
Alberto Botelho, que levou o teatro de revista para as telas com alfinetadas de
crítica à campanha civilista.
Em 1911, chegou a primeira missão de
capitalistas norte-americanos interessados em investir em cinema no Brasil.
Atores dos EUA protagonizaram o drama Nas matas de Mato Grosso. Os filmes
estrangeiros começavam a tirar espaço dos nacionais, que por alguns anos
sobreviveram basicamente nos cinejornais e filmes de “cavação”,
encomendados ou vendidos a quem neles aparecia. Em 1915 radicou-se em São Paulo
o italiano Vittorio Capellaro, que produziria os primeiros épicos e adaptações literárias
no país. Também em São Paulo, Gilberto Rossi e José Medina elevaram o padrão
técnico e artístico da atividade em filmes como Exemplo regenerador (1919). De
1912 a 1922, foram produzidos pouco mais de 60 filmes no Rio de Janeiro, que
passava a dividir atenções com a produção de outros estados.
O final do cinema mudo no Brasil foi
marcado pelo aparecimento de duas obras que alinhavam o Brasil com as vanguarda
européias da época; o documentário São Paulo, Sinfonia Da Metrópole,1929,
de Rodolfo Lustig e Adakberto Kemeny, inspirado em Berlim, Sinfonia da
Metrópole, do alemão Walter Ruttmann, e Limite (1931), obra única de Mario
Peixoto que, com suas imagens sofisticadas, narrativa elíptica e trilha sonora
erudita, encantou platéias na Europa e tornou-se uma lenda do cinema
brasileiro.
Em termos de cinema comercial, a década
começou com a fundação dos Estúdios da Cinédia em 1930, no Rio de
Janeiro, por Adhemar Gonzaga, estimulado pelo sucesso do seu luxuoso Barro
Humano de 1929.
A Cinédia inspirava-se nos estúdios de
Hollywood para desenvolver um ritmo frenético de produção regular, com palcos
simultâneos, equipamento de qualidade e pessoal contratado em regime
permanente. O objetivo era fazer, como propalava a revista Cinearte, “um cinema
de estúdio, como o norte-americano, com interiores bem decorados e habitados
por gente simpática”. Ali Humberto Mauro realizou Lábios sem Beijo de
1930, e a obra prima Ganga Bruta de 193, drama com elementos freudianos
que marcou época.
A Cinédia continuaria a produzindo
musicais como Coisas Nossas de 1931, e
Alô Alô Brasil de 1935, dirigidos pelo norte-americano Wallace
Downey, os carnavalescos A Voz do Carnaval de 1933, Alô Alô Carnaval
de 1935, este assinado por Gonzaga, e Banana da Terra de 1938, alem de
comedias românticas como Bonequinha de Seda de 1936, de Oduvaldo Vianna,
e Pureza de 1940, da portuguesa Chianca de Garcia, baseado em romance
interiorano de José Lins do Rego.O estúdio produziu ainda diversas comedias de
Luis de Barros e foi alugado à equipe de Orson Wlles em 1942 para as filmagens
de É Tudo Verdade. Em 1946 lançou O Ébrio, de Gilda Abreu, o
maior sucesso do país por muitos anos. A Ciédia atravessaria as décadas
seguintes servindo principalmente a televisão.
Também na década de 30 destacam-se as
atividades da Brasil Vita Filme, no Rio de Janeiro, propriedade da atriz,
produtora e diretora portuguesa Carmem Santos, cognominada “a grande dama do
cinema brasileiro”. Ela produziu entre outros, Favela dos Meus Amores de
1935, primeira abordagem das populações dos morros cariocas no cinema, e a
comedia Cidade-Mulher de 1936, de Humberto Mauro.
Um novo alento chegaria ao cinema
brasileiro em 1941 com a fundação da produtora Atlântida, a partir de esforços
de Moacyr Fenelon, com o firme propósito de firmar o cinema no Brasil como “um
dos mais expressivos elementos de progresso”. Ao cinejornal Atualidades
Atlântida sucederam-se historias de fundo social, que obtinham desempenho
irregular de bilheterias. Com Tristezas Não Pagam Dividas de 1944,
abriu-se o filão dos musicais carnavalescos, que mais tarde evoluíram para as
chanchadas (comedias geralmente embientadas no meio artístico, com toques de
sátira política e parodias de gêneros do cinema americano). Foi o reinado de
diretores como Watson Macedo, José
Carlos Burle e Carlos manga, atores como Oscarito, Grande Otelo, Anselmo Duarte
e Eliana, e dos grandes nomes da canção popular vindos do radio.
A Atlântida, cujo principal acionista a
partir de 1947 era Luis Severiano Ribeiro Jr., dono da maior empresa exibidora
do país, beneficiou´se da lei de 1946 que criava a primeira reserva de mercado
para filme brasileiro. A revista Cinelandia, surgida em 1952, ajudava a
criar um star system nacional. Alem de chanchadas antológicas como Este
Mundo é Um Pandeiro de 1947, Carnaval no Fogo de 1949, Nem Sansão Nem
Dalila de 1954 e O Homem do Sputnik de 1959, a Atlântida produzia filmes sérios
como Luz dos Meus Olhos de 1947, onde Jose Carlos Burle lançou a atriz Cacilda
Becker, Terra Violenta de 1948, adaptação do romance Terras Sem Fim, de Jorge
Amado; e o policial Amei um Bicheiro de 1952, de Jorge Ileli e Paulo Wanderley.
A Atlântida desapareceu em 1962, soterrada por insucessos e pelo advento da
televisão.
O documentário Assim era a Atlântida
de 1976, de Carlos manga, reuniu o melhor daquela experiência.
A mais ambiciosa investida industrial do
cinema brasileiro nesta época foi a criação, liderada pelos industriais da
colônia italiana Franco Zampari e Francisco Matarazzo Sobrinho, da Companhia
Cinematográfica Vera Cruz, em São Paulo em 1949. estimulados pelo reerguimento
do cinema internacional após a II Guerra Mundial, o crescimento industrial de
são Paulo e sua revitalização cultural, os fundadores da Vera Cruz almejavam um
sistema de produção semelhante ao de Hollywood, com equipamentos importados,
grandes esquemas publicitários, técnicos e diretores trazidos da Europa. O
consagrado Alberto Cavalcanti, de volta ao Brasil, convidou e coordenou o
trabalho de diretores como os italianos Adolfo Celi e Luciano Salce, e o
argentino Tom Payne.
O bom acabamento e a fatura clássica dos
filmes da Vera Cruz valeram no Brasil os primeiros prêmios internacionais. O
Cangaceiro de 1953, de Lima Barreto, e Sinhá Moça de 1953, de Tom
Payne, ganharam distinções importantes nos festivais de Cannes e Veneza,
respectivamente. Em apenas 4 anos a Vera Cruz produziu 18 filmes, Sonhos
A palavra Cinema nunca vai mudar, nasceu e
evoluiu mas , nasceu pronta. O equipamento não é mais o mesmo, o formato
digital tornou mais pratico e econômico e se encontra em plena evolução, novas
tecnologias estão surgindo.
Da fotografia em partes, os rolos 35mm, as
fitas VHS, 8mm, Super V, DAT, Beta, Hight 8, Digital, Mini DV, CD, etc, já
possui o seu carrasco, o DVD que por sua vez já esta em fase de extinção, mas
não totalmente, o caseiro continua por um longo período (o que é longo
período?), as Salas de Cinema não
precisarão de nenhum dos recursos citados, vai ser por sinais, marcou a hora
esta lá, igual canais pagos, por parabólica e receptor, via Satelite.
As Câmeras Digitais permitem naturalmente
utilizar efeitos diretamente. Ilhas de Edição possuem uma gama de recursos
intermináveis e podem fazer um filme sem câmera e até mesmo sem ator, é o fim.
A
palavra Cinema vai continuar, a palavra filme vai continuar. É ainda a melhor
distração estática do ponto de vista do expectador, é o sonho, que por sua vez
já esta dentro deste expectador. Quando admiramos um objeto, fazemos uma
leitura agradável é porque já esta em nós, este Alien existe, porque temos
gostos diferentes, e quando aprovamos é de nosso gosto. No sub-cociente esta
disponível, apenas alguém fez primeiro ou não temos a capacidade de faze-lo,
compramos pronto. E podemos nunca despertar esta cria, pois estamos em tudo,
temos profissões e milhões de coisas para fazer, e milhões de pensamentos,
precisamos de paz e tempo.
É obvio que se entregarmos uma tarefa para
varias pessoas, uma pintura por exemplo, vão sair todas diferentes, mas é isto que
da a diversidade, e queremos ter e ver, experimentar de novo, cada um na sua, e
filme é uma maravilha, documentários são ricos, não todos, é claro. Precisamos
de filmes, no vídeo, DVD, telão, Sala de Cinema, é o sonho, somos sonhadores.
Desde a caverna já sonhávamos, quando queremos algo que imaginamos ou que não
podemos, é sonho. Somos sonhadores.
entre melodramas (Caiçara,
1950, Floradas na Serra, 1954), comedias (Nadando em dinheiro,
1952, com Amacio Mazzaropi, Uma Pulga Na Balança, 1953) e a superprodução
Tico-Tico no Fubá de 1952, biografia do compositor Zequinha de Abreu,
estrelado por Anselmo Duarte. Vergada por dividas e sem um esquema de
distribuição/exibição eficiente, a empresa faliu em 1954, mantendo-se depois
com atividades irregulares.
São
Paulo assistiu nos últimos 50 anos, a ascensão e queda de três outros
empreendimentos industriais. Na Brasil Filmes (1955-1959), desdobramento da
Vera Cruz dirigido por Abílio Pereira de Almeida, foram realizados, entre
outros, a clássica comedia Osso, Amor e Papagaios de 1957, de César
Mêmolo Jr. E Carlos Alberto de Souza Barros, e o segundo filme de Walter Hugo
Khouri, Estranho Encontro de 1958. A Maristela (1950-1958) produziu e
co-produziu 24 filmes de diretores como Ruggero Jacobbi (Presença de Anita de
1951), Carlos Hugo Christensen (Mãos Sangrentas de 1955), e Alberto
Cavalcanti, que abandonara a Vera Cruz (Simão, O Caolho de 1952, O
Canto do Mar de 1953 e Mulher de Verdade de 1954). Por sua vez a
Multifilmes (1952-1954) produziu 9 titulos.
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