CAUBY PEIXOTO
Cauby esta com 82 anos de idade, simpatico aos extremos, atencioso...
Dia 22 de Maio de 2013, Casa do Dedé; Pode parecer simples, mas a magia de Cauby Peixoto e o publico (casa
lotada), claro que com um publico maduro mas com jovens iluminados fazendo uma
torcida reciproca aos sentimentos do cantor também, começando pela
Casa onde se caminha da entrada até o palco lentamente, com quase todos de pé,
e até momentos da primeira musica com algumas pessoas defendendo o seu campo de
visão como algo muito precioso, e o sendo. Esses fatos nos salva ainda de que não
precisamos de uma mídia jornalística comprada pelo modismo e pela falsa musica descartável
e sem conteúdo, precisamos de um Cauby Peixoto, um Chico Buarque, um Caetano,
Milton...para termos o sentimento incorruptível
de amor a nossa cultura, para não dizer dos nossos ídolos e darmos a eles a responsabilidade da cura,
sendo. A cura ?? Sim, pela dose de uma rara substancia que nos remedia antes do
mal chegar, remédio para alma, para o espirito, para podermos ter o orgulho de
poder ter vivido estes momentos, poder ter mais...
Momentos especiais, Dedé Cruz é convidado a subir ao palco e
cantar uma musica junto a Cauby, depois Angélica Alves e novamente Dedé Cruz,
ambos elogiados pelo cantor, isso tem significados múltiplos, é marcante para
os profissionais de palco e para o publico, afinal, temos bons músicos em nossa
região e estes acontecimentos nos premiam.
Documentário "Cauby – Começaria Tudo Outra Vez", que retrata a trajetória profissional do cantor carioca, deve estrear nas telonas brasileiras no segundo semestre. documentário sobre os 60 anos de carreira de Cauby Peixoto do diretor Nelson Hoineff , previsão para o segundo semestre de 2013.
Fotos & materia: Giorgi Denner
Quem é CAUBY ??
Cauby Peixoto Barros nasceu em
Niterói RJ em 10 de Fevereiro de 1934. De família de artistas populares, o pai,
conhecido por Cadete, tocava violão, a mãe tocava bandolim, o tio, Nono
(Romualdo Peixoto) era pianista e homem de Rádio, o primo Ciro Monteiro foi
cantor e compositor famoso, os irmãos Moacir e Araquem tornaram-se
instrumentistas e a irmã Andiara foi cantora. Estudou num colégio de padres
salesianos no Rio de Janeiro RJ, e já no tempo de estudante cantava no coral da
igreja. Mais tarde, quando trabalhava no comercio, apresentou-se no programa de
calouros da Rádio Tupi, Hora dos Comerciários, patrocinado pelo SESC e dirigido
pela pianista Babi de Oliveira, conseguindo então chamar a atenção da Revista
do Rádio, em 1949. Cantou também no conjunto de seu irmão Moacir, na boate
carioca Casablanca e, em 1951, gravou seu primeiro disco, pela Som, lançando o
samba Saia branca (Geraldo Medeiros), para o Carnaval.
Em 1952, mudou- se para São Paulo SP, passando a cantar nas boates Oásis e
Arpege, e na Rádio Excelsior, destacando-se sempre com repertório de músicas
estrangeiras. Por volta de 1954, foi ouvido pelo empresário Di Veras, que,
pretendendo renovar o elenco da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, então
dominado por ídolos como Emilinha Borba e Orlando Silva, o convidou para atuar
naquela emissora. Seu lançamento na Rádio foi preparado nos moldes
norte-americanos, com grande publicidade e muita promoção, e, em pouco tempo,
ele também se tornaria um ídolo, adorado e perseguido pelas fãs. Sua imagem foi
forjada para agradar: vestindo-se de maneira extravagante para a época, e colocando trinados e
versos inexistentes em suas canções, criou um tipo diferente, obtendo sucesso
imediato. Ainda em 1954, gravou com êxito o foxBlue Gardenia (Bob Russel e Lester Lee, versão de
Antônio Almeida e João de Barro) e, nos cinco anos seguintes, foi considerado o
cantor mais popular do pais. Em 1956 gravou em disco de 78 rpm, pela Columbia, Conceição (Jair Amorim e Dunga), que se
transformou no maior sucesso de seu repertório. Da Rádio Nacional, passou para
a Rádio Tupi e gravou Nono
mandamento (Rene Bittencourt
e Raul Sampaio), em 1957; Prece
de amor (Rene Bittencourt),
em 1958; Ninguém é de
ninguém (Humberto Silva, Toso
Gomes e Luís Mergulhão) e É
tão sublime o amor (P. Francis Webster e Sammy Fain,
versão de Antônio Carlos). Depois de aparecer na revista norte-americana Time como o maior ídolo da canção popular
brasileira, foi convidado para uma excursão aos EUA, onde gravou, com o nome de
Ron Coby, um LP com a orquestra de Paul Weston, cantando em inglês. De volta ao
Brasil, comprou, em sociedade com os irmãos, a boate carioca Drink, passando a
se dedicar mais a administração da casa e interrompendo, assim, suas
apresentações. Em 1959, retornou aos EUA para uma temporada de 14 meses,
durante os quais realizou espetáculos, apresentou-se na televisão e gravou, em
inglês, Maracangalha (Dorival Caymmi), que recebeu o titulo
de I Go. Numa terceira visita aos
EUA, algum tempo depois, participou do filme Jamboreé, da Warner Brothers. Durante toda a
década de 1960, limitou-se a apresentações em boates e clubes. Em 1970
reapareceu como vencedor do Festival de San Remo, na Itália, classificando em
primeiro lugar a música que defendeu, Zíngara (R. Alberteli, versão de Nazareno de
Brito). Em 1971 participou do VI FIC da TV Globo, no Rio de Janeiro, cantando Verão vermelho (Sérgio Ferreira da Cruz). A partir da
década de 1970, passou a se apresentar em programas de televisão no Rio de
Janeiro, e a realizar pequenas temporadas em casas de diversão noturnas do Rio
de Janeiro e de São Paulo. Em 1979 apresentou-se também em Vitoria ES e Recife
PE, no Projeto Pixinguinha da Funarte, ao lado de Zezé Gonzaga. Em 1980, em
comemoração aos 25 anos de carreira, lançou pela Som Livre o disco Cauby, Cauby, com músicas feitas especialmente para
ele por Caetano Veloso (Cauby,
Cauby), Chico Buarque (Bastidores), Tom Jobim (Oficina), Roberto e Erasmo Carlos (Brigas de amor) e outros. No mesmo ano, apresentou-se
nos showsBastidores, da Funarte, Rio de Janeiro, e Cauby, Cauby, os bons tempos
voltaram, na boate Flag, São
Paulo. Em 1982 apresentou no 150 Nigth Club, em São Paulo, ao lado dos irmãos
Moacir (piano) e Araquem (piston) e lançou o LP Ângela e Cauby, o primeiro encontro dos dois cantores
em disco, com sucessos como Começaria
tudo outra vez (Gonzaguinha), Recuerdos de Ipacaray (Z. de Mirkin e Demetrio Ortiz) e a
valsa Boa-noite, amor (José Maria de Abreu e Francisco Matoso). Em 1989, os 35 anos de
carreira foram comemorados no bar e restaurante A Baiuca, em São Paulo, ao lado
dos irmãos Moacir, Araquem e Iracema e Andiara (vozes). No mesmo ano, a RGE
relançou o LP Quando os
Peixotos se encontram, de
1957. Em 1993 foi o grande homenageado, ao lado de Ângela Maria, no Prêmio
Sharp de Música. Em 1996, foi lançada pela Columbia caixa com 2 CDs abrangendo
suas gravações de 1953 a 1959, com sucessos como Conceição.
Parabéns pela matéria, Giorgi. Muito legal. bj
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